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ENCONTROS
PIBID-IFUSP
Encontros do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência do Instituto de Física da Universidade de São Paulo
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EDIÇÃO ATUAL - Resumo P07
Ano I [2014]
Como alunos do primeiro ano de licenciatura em física aprenderam com o PIBID? Como o programa interferiu em suas vidas? Quais foram suas observações, experiências e atitudes?
Dias atrás esses alunos da licenciatura estavam no EM, hoje, no primeiro ano da faculdade, são aprendizes de professores. Possuem a visão dos dois lados, alunos e professor, e de um modo singelo podem apresentar os dois pontos de vista. Estávamos perdidos, com receio por não saber como agir. Pensávamos que a tarefa de um professor era fácil, pois nunca paramos para pensar sobre o que o professor fazia para a aula acontecer: métodos, planos, atividades e outras rotinas comuns ao bom professor. Nos primeiros meses nada nos diferenciava dos alunos da escola, com exceção do conteúdo a ser aprendido: eles, física e nós, docência.
Como observadores e como professores notamos, logo no início, o desprezo por parte dos alunos com a disciplina de física, não havia interesse ou curiosidade e todos pareciam estar ali por mera burocracia. Observamos que muitos deles possuíam dificuldade com álgebra e a aritmética. A solução pensada foi um plano de ensino livre da matemática. O desinteresse se perpetuou e junto com ele cresceu o desrespeito com o professor. Entre nós e os alunos havia uma harmonia devido à proximidade entre as idades, mas sentíamos que só essa proximidade manteve o respeito.
A matemática não era o problema, então qual era sua origem? Traçamos novas hipóteses. Talvez o problema fosse os alunos (que eram do período noturno e quase todos trabalhavam o dia todo), pois esse desinteresse acontecia em outras disciplinas. Por outro lado, nossa concepção de ensino foi em terceira pessoa (transmissiva), o que é muito questionado por estudiosos da educação. Esta hipótese é reforçada no contraste com outra escola do PIBID, que desenvolveu uma pedagogia diferente.
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