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Seminário Ensinar com Pesquisa
Ensinar, Pesquisar e Aprender


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EDIÇÕES ANTERIORES - Resumo P08

Ano III [2010]


NARRATIVAS DE FICÇÃO E ENSINO DE FÍSICA NA CONTEMPORANEIDADE

Lucas Bizarria Freitas
Cintya Regina Ribeiro

  Tendo em vista a comunicação não-heurística entre as áreas da Física e da Arte, a presente pesquisa problematiza uma abordagem representacional do ensino de Física. Visamos ao trabalho do pensamento, pressupondo que tal acontecimento não se efetiva a partir de uma relação pautada pelo principio de mero reconhecimento. Argumentamos no sentido de que o estudo de Física implica a criação de conceitos, exigindo a prática constante do exercício do pensamento por meio do contato com os modelos ensinados, tomados numa perspectiva não representacional. A partir de narrativas ficcionais, trabalhamos de modo a desconstruir referenciais bem estabelecidos na área da Física, tomando o campo da Arte como grande interlocutor nessa operação. Por meio do sacrifício da certeza, da condição de poder atribuídas à Física, procuramos dar movimento ao pensamento de modo a potencializar possibilidades de criação numa área tão territorializada, no silêncio emergente do confronto entre o artístico e o científico. Partimos da análise de narrativas de ficção: uma obra literária e três cinematográficas. Os acontecimentos em cada um desses referenciais parecem articulados de modo a sugerir a desconstrução de verdades bem instituídas integradas ao discurso da Física. A partir destas considerações, não apenas procuramos articular duas áreas tão distintas, mas suspender velhas certezas, abrindo um espaço de silêncio, fértil para o movimento do pensamento. Um efeito almejado pela presente pesquisa – o do movimento do pensamento – busca colocar em questão a naturalidade do aprendizado de verdades ditas inatas. Temporalidade, causalidade, materialidade, verdade – todos são conceitos contingentes a serem pensados, aprendidos por dissonâncias e embates que poderiam mobilizar o sujeito aluno. A linguagem da arte aqui opera conceitos, não atuando como mero recurso de reconhecimento conceitual. Trata-se de um encontro não-heurístico, cujo principal efeito é dar ímpeto ao pensamento e produzir silêncios para a emergência da criação.

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