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Seminário Ensinar com Pesquisa
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 Caderno de Resumos
EDIÇÃO ATUAL - Resumo P05

Ano V [2012]


PENSAMENTOS NARRATIVO E LÓGICO CIENTÍFICO:
UMA ANÁLISE ATRAVÉS DA RELATIVIDADE GERAL


Danilo Cardoso Rodrigues Luiz
Ivã Gurgel (orientador)

   O trabalho tem como objetivo discutir aspectos relacionados à natureza da ciência, mais especificamente epistemologia da Física. Utilizamos como principal referencial teórico as ideias do psicólogo estadunidense Jerome Bruner (Nova Iorque, 1915), principalmente seus conceitos de pensamento narrativo e pensamento lógico científico. Nossa intenção é analisar como esses dois tipos de pensamento se manifestam na construção do conhecimento físico, em particular na gestação da Teoria da Relatividade Geral.
   O trabalho a ser apresentado tem a intenção de buscar na epistemologia características da ciência, encontradas no período de gestação de uma teoria, que deem indicativas de possíveis abordagens do conhecimento científico no ensino de Física. Algumas perspectivas atuais inspiram e sustentam nossas intenções, por exemplo, o que é apontado pelo PCN quando é enfatizado que o ensino de Física deve proporcionar, além da compreensão de aspectos relacionados ao cotidiano dos alunos, uma “compreensão do universo distante, a partir de princípios, leis e modelos por ela [Física] construídos. Isso implica, também, na introdução à linguagem própria da Física, que faz uso de conceitos e terminologia bem definidos, além de suas formas de expressão, que envolvem, muitas vezes, tabelas, gráficos ou relações matemáticas” (BRASIL, 2002, p.59, grifos nossos).
   O estudo crítico dos textos de Einstein trouxe indícios de que a construção do conhecimento físico pode ser vista através de uma complementaridade entre estes dois tipos de pensamentos/linguagens. Consideramos que há indícios de que as linguagens matemática (pensamento lógico científico) e narrativa se apresentam conjuntamente no contexto da gestação de conceitos/princípios científicos, o que chamamos de complementaridade entre estes pensamentos. Damos em nosso trabalho, sem alguma intenção de criar hierarquias entre esses tipos de pensamentos, ênfase ao pensamento narrativo, por considerarmos que a narrativa raramente é associada a uma das formas que o cientista se vale para produzir conhecimento.