Stella Maris Martins Kraetzig(1)
Setor de Ensino de Biologia/NEC/CE/UFSM
a9710197@alunog.ufsm.br
Mary Angela Leivas Amorim(1)
Setor de Ensino de Biologia/NEC/CE/UFSM
maryamo@terra.com.br
Resumo
A pesquisa no ensino de Ciências tem buscado alternativas para a superação de inúmeros obstáculos presentes no processo de ensino-aprendizagem. Particularmente, analisando o ensino de Biologia oferecido atualmente, percebemos que trata-se de um ensino tradicional baseado na transmissão-recepção de informações, onde a memorização é muito enfatizada. Na tentativa de buscar soluções para esses problemas, muitas sugestões e alternativas são propostas. Algumas, apontam para a utilização de novos recursos didáticos em sala de aula. Um deles, o jogo, tem sido objeto de estudo de vários especialistas. Baseada nesses estudos, essa pesquisa investiga a utilização do Jogo Didático no Ensino de Ciências/Biologia, na Escola Fundamental e Média, como possível recurso com potencialidades para auxiliar no ensino de conceitos científicos.
Relatamos, aqui, o estudo realizado no SEB/NEC/CE/UFSM, detalhando a aplicação de jogos em turmas de alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Os jogos selecionados, nessa etapa da pesquisa, abordavam conceitos de Zoologia e Botânica. Foram aplicados em duas turmas de alunos do Ensino Fundamental e duas turma, de Ensino Médio.
A turma A, composta de 27 alunos, compreendia uma classe de 5a série. Os jogos aplicados envolveram conceitos gerais e específicos de Botânica. Nessa turma, cinco alunos eram repetentes e vinte e dois eram novos na série. Tratava-se de uma turma agitada, pouco participativa e com aproveitamento relativamente baixo.
A turma B, com 34 alunos, era uma 6a série e os jogos aplicados envolveram conceitos de Zoologia. Nessa turma, haviam dois alunos repetentes e trinta e dois novos na série. Quanto ao aspecto cognitivo, caracterizava-se por ser uma turma com bom nível de aprendizagem, aproveitamento satisfatório e bastante participativa.
No ensino Médio, os jogos aplicados abordavam conceitos gerais de célula, distribuídos em quatro modalidades diferentes. Foram aplicados em duas turmas-piloto de 1a séries compreendendo um total de 65 alunos. Essas turmas, apresentavam altos índices de reprovação, grande dificuldade na compreensão dos conceitos estudados e pouca participação em sala de aula.
Os resultados foram obtidos através da análise de vários instrumentos, inclusive de um pré e de um pós-teste. Essa análise demonstrou que os resultados obtidos foram satisfatórios. Salientamos que, desde a primeira aplicação, gradativamente as dificuldades percebidas foram diminuindo.
Ao longo dessa pesquisa, podemos perceber e reafirmar as potencialidades do jogo como recurso didático em sala de aula. Ele desperta mais interesse do professor em ministrar os conteúdos e uma maior motivação dos alunos em aprender os conceitos biológicos estudados. Entretanto, existem, ainda, algumas limitações para a utilização dos jogos.
(1) Aluna do curso de Ciências Biológicas/CCNE/UFSM.
Bolsista do Setor de Ensino de Biologia, do Núcleo de Educação
em Ciências, do Centro de Educação, da Universidade
Federal de Santa Maria (RS/Brasil). Endereço: UFSM Centro de Educação
– NEC – Campus Universitário – Camobi – 97.105-900 – Santa Maria
– RS - Brasil
(2) Licenciada em Ciências Biológicas, Mestre em
Educação, Professora do Departamento de Metodologia do Ensino,
do Centro de Educação, da Universidade Federal de Santa Maria
(RS/Brasil). Endereço: UFSM – Centro de Educação –
NEC – Campus Universitário – Camobi – 97.105-900 – Santa Maria –
RS - Brasil