Betânia Leite Ramalho
bramalho@hotmail.com
Ilka Karine Pinheiro da Silva
Bolsista CNPq- PIBIC
ilkanildo@bol.com.br
Ana Paula Nogueira Campos
Bolsista CNPq- PIBIC
fantasminha.pluft@bol.com.br
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação em Educação
Resumo
O trabalho discute a sistemática da seleção
de livros didáticos para o Ensino de Ciências no Ensino Fundamental.
Defende o envolvimento do professorado nessa sistemática de forma
consciente assumindo uma postura profissional que privilegie a perspectiva
de aprendizagem dos aluno(as) Nesse sentido, os/as professores(as)devem
ter um domínio de saberes a serem mobilizados para assumir a responsabilidade
ética de saber selecionar os livros didáticos ademais de
estarem capacitados para avaliar as possibilidades e limitações
dos livros recomendados pelo MEC. O estudo objetiva validar uma guia de
análises dos citados livros pelo(a) professor(a). Metodologicamente
privilegia-se a análise dos relatórios dos trabalhos desenvolvidos
pelos(as) professores(as) em serviço
para tal fim durante três períodos diferentes, envolvendo
um total de 230 professores(as)
alunos(as) em formação do Curso de Licenciatura em Pedagogia
da UFRN e 154 livros didáticos.
Abstract
The work discusses the systematic of textbooks’s
selection for Sciences’s Teaching in Fundamental Teaching. It defends the
faculty's involvement in that systematic in a conscious way assuming a
professional posture that privileges the perspective of student's learning.
In that sense, the teachers should have a domain of know yourself that
will be mobilized to assume the ethical responsibility of knowing to select
the textbooks besides they be qualified to evaluate the possibilities and
limitations of books recommended by MEC. The study aims at to validate
a guide of analyses about mentioned books from teacher. In methodology
terms, analysis of works’s reports is privileged developed by teachers
in service for such end during three different periods, involving a total
of 230 teachers/students in formation of the Course of Degree in Pedagogy
of UFRN and 154 textbooks.
"Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão-cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germen - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar."
A preocupação com os livros didáticos em nível oficial, no Brasil, se inicia com a Legislação do Livro Didático, criada em 1938 pelo Decreto-Lei 1006 (Franco,1992). Nesse período já o livro era considerado uma ferramenta da educação política e ideológica, sendo caracterizado o Estado como censor no uso desse material didático. Os professores faziam as escolhas dos livros a partir de uma lista pré-determinada na base dessa regulamentação legal. Art. 208, Inciso VII da Constituição Federal do Brasil, em que fica definido que o Livro Didático e o Dicionário da Língua Portuguesa são um direito constitucional do educando brasileiro.
O mecanismo jurídico que regulamenta legalmente a questão do livro didático é o decreto 91 54/85 que implementou o Programa Nacional do Livro Didático, o qual, no seu artigo 2o estabelece a avaliação rotineira dos mesmos. Recentemente a Resolução/ CD/FNDE nº 603, de 21 de Fevereiro de 2001, passou a ser o mecanismo que organiza e regula o Plano Nacional sobre o Livro Didático. O MEC criou várias comissões para a avaliação dos livros didáticos, na busca de uma melhor qualidade, não obstante, esse processo ao longo dos anos tem sido lento, confrontando por vezes, a interesses editoriais que nada têm a ver com as novas orientações para se trabalhar o Ensino de Ciências. A este fato acresce-se a limitada preparação dos professores para participar nos processos de seleção dos livros, tarefa esta bastante exigente para um coletivo que pouco tem recebido em termos de saberes, competências, habilidades, para tal fim, a partir de seus saberes como profissionais.
Os anos 90 têm assistido a uma veemente e louvável discussão crítica sobre o Ensino Fundamental no Brasil, dentre do que se destaca, a discussão sobre os livros didáticos para esse nível de escolaridade. Soares (2001). A Reforma Curricular nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental exige que os novos livros didáticos se correspondam com as atuais exigências de uma Educação no século XXI, no qual o conhecimento, os valores, as capacidades de resolver problemas, aprender a aprender, assim como a "alfabetização científica e tecnológica" são elementos essenciais. Nessa atual perspectiva, o livro didático não pode continuar como fonte de conhecimentos (por vezes equivocados) a serem transmitidos pelo professor a fim de serem memorizados e repetidos pelos alunos. O livro didático, longe de ser uma única referência de acesso ao conteúdo disciplinar da escola, tem que ser uma "fonte viva de sabedoria", capaz de orientar os processos do desenvolvimento da personalidade integral das crianças.
Embora se observe uma melhor qualidade nos últimos livros recomendados pelo MEC para o ensino de Ciências, a seleção destes é uma tarefa dos professores como profissionais. Essa tarefa não pode ser limitada a um grupo de especialistas responsáveis por analisar os livros e recomendá-los aos professores. Esta tem sido uma prática constante não obstante, seja divulgada nos meios oficiais de comunicação (jornais, rádios, tvs), um chamamento ao professorado para assumir essa tarefa, o tipo de participação docente nesta política pouco tem sido estimulada. Questões tipo: que critérios de escolha são tomados como referência? De onde surgem? Refletem que necessidades, particularidades, interesses? Foram os(as) professores(as) envolvidos(as) na elaboração dos(das) mesmos(as)? Estão os(as) professores(as) em condições de colaborar como profissionais que tomam decisões argumentadas em saberes da área das didáticos- pedagógicas e norteadas pelo conhecimento que as pesquisas tem gerado a esse respeito? Então os processos formativos do professorado preparando-os para tal tarefa?
Como é preconizado nos principais objetivos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) se faz necessária a participação ativa e democrática do professor no processo de seleção dos mesmos. Essa situação exige do professor(a) possuir determinados saberes, critérios, competências, etc. para poder realizar em conjunto uma escolha com seus colegas de trabalho.
É o professor quem deve ter uma boa preparação para desenvolver essa atividade de vital importância. Embora o desenvolvimento das novas tecnologias, da mídia, dos textos digitais, numa Região como a Nordeste do Brasil, o livro didático continua sendo o mais fiel aliado do professor e um recurso imprescindível para os alunos.
As diversas pesquisas sobre o livro didático no ensino fundamental no Brasil, como em outros países (Gayan e García, 1997), têm mostrado como o livro passou a ser o principal controlador do currículo. Os professores(as) utilizam o livro como o instrumento principal que orienta o conteúdo a ser administrado, a seqüência desses conteúdos, as atividades de aprendizagem e avaliação para o ensino das Ciências. O uso do livro didático pelo(a) professor(a) como material didático, ao lado do currículo, dos programas e outros materiais, instituem-se historicamente como um dos instrumentos para o ensino e aprendizagem. Como argumenta Soares (2001): o livro didático nasce com a própria escola, e está presente ao longo da história, em todas as sociedades, em todos os tempos. San José, L. et al (1993) mostram como os livros didáticos no ensino de Ciências têm um papel central e como cresce o número de estudos relativos ao aperfeiçoamento dos livros didáticos.
Otero (1990) e Alexander e Kulikowich (1994), assinalam o livro didático como a ferramenta mais utilizada no ensino-aprendizagem. Essa afirmação, para o caso do Brasil, é corroborada por Oliveira, et. al. (1990) e Freitag et. al. (1989).
A seleção dos livros didáticos para o Ensino de Ciências constitui uma responsabilidade de natureza social e política. Nesse processo os professores estão ou não valorizando o dinheiro do salário-educação, imposto relativo à compra de livros pelo MEC, estão tomando decisões que podem comprometer a educação das crianças.
Por outro lado, a quantidade de livros didáticos que circulam no mercado, faz da seleção dos mesmos uma tarefa ainda mais complexa e exigente profissionalmente. Como explica Paula: "ocorreu uma acentuada profissionalização na industrial editorial e um enorme crescimento na produção de livros didáticos que, na verdade se relaciona com o aumento de seu mercado consumido". (2001; p.1) num contexto em que as políticas educacionais no Brasil estão orientadas à massificação do ensino fundamental e a busca de qualidade e escolaridade para esse quantidade, fazendo crescer de forma significativa o número de crianças na escola pública e nesse quadro de mudanças, de reformas e de implantação de uma nova LDB (implantada a partir de 1996), que a questão do livro didático para o ensino de Ciências no Ensino Fundamental se complexifica.
A seleção dos livros didáticos para o ensino de
Ciências e a Formação do Professor
Nos livros didáticos para o ensino de Ciências os autores expressam um ou outro tipo de estratégia para as crianças aprenderem o mundo no qual vivem, utilizando as "ciências naturais" como referência na familiarização, explicação, compreensão na realidade. O livro se constitui no representante da comunidade científica no contexto escolar. É nele que as ciências devem dialogar com outros tipos de saberes, como uma obra aberta, problematizadora da realidade, que dialoga com a razão para o pensamento criativo. Nele a Ciência se deve apresentar como uma referência fruto da construção humana, sócio-historicamente constextualizada, na dinâmica do processo que lhe caracteriza como construção, e não como um produto fechado, como racionalidade objetiva única que mutila o pensamento das crianças. O livro didático é produzido para uma criança genérica, que não existe. Isso exige do professor no momento da seleção do livro, pensar nos alunos reais, nas necessidades e possibilidades que lhe são características, o contexto real de vida dos alunos.
A seleção dos livros didáticos
a serem utilizados constitui uma tarefa de importância vital para
uma boa aprendizagem dos alunos. Por isso, a importância de procurar
critérios específicos para os contextos dados, que possibilitem
ao professor participar na avaliação dos livros didáticos.
Os critérios estabelecidos, são gerados em diferentes instâncias
de análises, das quais os professores, como coletivos, representam
a instância que deve tomar as decisões mais apropriadas pensando
no alunado com as quais trabalham. A seleção dos livros didáticos
não deve excluir os professores como construtores ativos de saberes
que desenvolvem essa importante competência profissional (Ramalho,
Nuñez e Gauthier, 2000). Os professores devem ter um domínio
de saberes diversos a serem mobilizados para assumir a responsabilidade
ética de saber selecionar os livros didáticos, e não
só isso, como também, estar capacitados para avaliar as possibilidades
e limitações dos livros recomendados pelo MEC, pois o livro
deve ser um, dentre outras ferramentas para o ensino de Ciências.
O professor deve desenvolver saberes e ter competências
para superar as limitações próprias dos livros, que
por seu caráter genérico, por vezes, não podem contextualizar
os saberes como não podem ter exercícios específicos
para atender as problemáticas locais. É tarefa dos professores
complementar ", adaptar, dar maior sentido aos bons livros recomendados
pelo MEC.
Face a essa realidade é necessário
consolidar pesquisas que, como referências, possam contribuir com
o trabalho do professor na hora de selecionar o livro didático.
Sob essa intencionalidade nosso grupo de pesquisa, no contexto do Projeto:
Estudo, Caracterização e Constituição de Novas
Práticas Formativas para a Formação e Profissionalização
do Ensino Fundamental (Ramalho e Nuñez, 2000), procurou-se validar
uma "guia de análises dos livros didáticos" para o ensino
de Ciências. O estudo foi desenvolvido durante três anos, envolvendo
06 turmas de professores em serviço que estudam no Curso de Licenciatura
em Pedagogia, na disciplina: "Metodologia do Ensino das Ciências
Naturais." A intencionalidade da pesquisa é oferecer aos professores
uma referência a mais, na hora de selecionar os livros e não
a de disponibilizar uma "receita" para esse importante processo.
Objetivos da Pesquisa
Como objetivos do estudo, foram definidos os seguintes:
O estudo de "validação" da guia de análise dos livros didáticos" para o ensino de ciências nos primeiros ciclos do Ensino Fundamental, foi desenvolvido durante três anos com professores em serviço que cursam a Licenciatura em Pedagogia, no marco dos Convênios da Universidade Federal do Rio Grande do Norte com as Redes Municipais do Estado. Este convênio volta-se para profissionalizar em nível universitário os professores(a) do Ensino Fundamental da Região. O trabalho realizou-se em três municípios do interior do Estado do Rio Grande do Norte: Ceará- Mirim, Touros e Macau.
Distribuição dos(as) professores(as) alvo do estudo
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2000 (1) |
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2000 (2) |
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2001 (1) |
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Alguns dados caracterizam, inicialmente os sujeitos do estudo:
Do total dos professores(a) , 85% são do sexo feminino. Prevalece um tempo de trabalho como professores(a) polivalentes entre 5 e 10 anos. Os 90% dos polivalentes são formados(a) no Magistério em nível de Ensino Médio e todos as realizam seu trabalho nos municípios do interior do Estado.
Metodologia da Pesquisa
O estudo foi desenvolvido durante três anos. Para a análise dos livros didáticos, como uma das atividades na disciplina Metodologia do Ensino de Ciências, foi preparada pelos pesquisadores um "guia ou protocolo" que procurava levantar itens julgados necessários na seleção dos livros, segundo fundamentos da Didática das Ciências, apoiada na perspectiva da aprendizagem como construção do conhecimento. Algumas perguntas chaves da guia de análise foram:
- quais são as bases epistemológicas da aprendizagem?
- No segundo ano da pesquisa, o procedimento foi repetido com alunos/professores de outro município (Touros), duas turmas de 40 alunos cada uma.
- No terceiro ano, o "guia de análises" foi reformulado (anexo II) a fim de facilitar a compreensão dos itens e uma melhor orientação para as análises dos livros didáticos. O estudo dessa vez foi desenvolvido no mesmo tipo de curso, segundo o mesmo procedimento metodológico, mas no município de Touros, com duas turmas de 40 alunos cada uma.
Ao final do processo de coleta e analise dos dados foram desenvolvidas tabelas com as respostas aos itens do "guia de análises" para cada ano do estudo.
A análise do conteúdo (categorização
das respostas) e a quantificação de resposta por categoria
foram privilegiados como recursos de processamento da informação.
Resultados
Nos anos nos quais foi desenvolvida a pesquisa, foram analisados pelos professores um total de 154 livros didáticos para o Ensino de Ciências. Os livros analisados segundo os critérios de avaliação do MEC se correspondem com as seguintes denominações.
Referências sobre os livros analisados
ANO DA PESQUISA | Total de
livros analisados
Quantidade de livros repetidos |
QUANTIDADE DE LIVROS POR CATEGORIAS | |||
Recomendados com distinção *** | Recomendados ** | Recomendados com ressalvas * | Outros | ||
2000 (1) | 69
12 |
- | 01 | 34 | 22 |
2000(2) | 66
30 |
01 | 01 | 20 | 14 |
2001(1) | 19
04 |
04 | 01 | 03 | 07 |
Total | 154
46 |
05 | 03 | 57 |
43 |
A partir dos relatórios do trabalho desenvolvido pelos grupos de análise dos livros didáticos para o ensino de Ciências, podemos significar os resultados mais expressivos, os quais possibilitam refletir sobre a "guia de análises" e o grau de preparação dos professores para a atividade de análise dos livros. Os resultados mais significativos alcançados são os seguintes:
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2000 (1) |
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2000 (2) |
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2001 (1) |
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O modelo de Apropriação Formal se identifica
com a aprendizagem "tradicional". O modelo de aprendizagem como "bases
teóricas as idéias de J. Piaget e P. Ausubel, enquanto o
modelo por "construção" assume a concepção
construtivista como "mudança conceitual" (Pozo, 1996). A categoria
"outros" da tabela responde a modelos identificados como "pseudo- construtivismo".
- O item da "guia de análises", no qual os professores, durante
os três anos, manifestaram maior fragilidade, é o item no
qual deviam analisar os erros conceituais e metodológicos presentes
nos livros didáticos. Os resultados apontam para as limitações
dos professores para identificar erros conceituais nos livros didáticos
. A reflexão dessa problemática revelou o fato de maior parte
dos professores ter estudado o conteúdo das Ciências pelos
próprios livros que utilizam com seus alunos, por vezes acompanhadas
de uma guia do livro para o professor. Essa situação é
resultado, dentre outros fatores, da pouca atenção que os
cursos de Pedagogia dão os conteúdos das Ciências,
como saberes a serem do domínio dos professores. Shulman( 1986),
de forma autocrítica reconhece que os "pedagogos tem estudado todos
os fatores que influenciam no ato educativo... a excepção
do conteúdo a ensinar." As pesquisas no campo da Didática
das Ciências (Tobin e Espinet, 1989) tem mostrado como a principal
dificuldade para a investigação no ensino de Ciências
o constitui a fragilidade no domínio do conteúdo a ensinar.
A partir de estudos sobre os erros conceituais nos livros didáticos de Ciências, foi possível revelar alguns desses erros nos livros analisados pelos professores, a fim de romper o "círculo vicioso", de "aprender pelo livro que ensinamos", motivando a busca em outras fontes que possibilitem refletir sobre os conteúdos conceituais nos livros.
Conclusão
O professor deve estar preparado não só para selecionar os livros de uma "lista" organizada por "especialistas", como também para saber lidar com os erros presentes nos livros ao alcance de seus alunos. Não todos os livros excluídos pelo MEC deixaram de circular pelas escolas. Muitos deles ainda são parte do acervo bibliográfico das escolas e de uso das crianças. Essa situação mostrou que a questão do livro didático ultrapassa a seleção, para incorporar também a preparação do professor para trabalhar com esse material, capacitado para participar como profissional, com seus saberes, competências, nessa atividade, que não pode ser delegada com exclusividade a um grupo de profissionais monopolizadores de saberes específicos. Aos professores tem que ser dado oportunidade de dominar esses saberes se é desejável que o trabalho com o Livro Didático para Ensinar Ciências se transforme numa atividade profissional do professor.
A pesquisa possibilitou validar a "guia de análises"
dos livros didáticos para o ensino de Ciências como uma referência
que pode passar a formar parte da "base de conhecimento" para o trabalho
do (a) professor(a) como profissional. Não se propõe uma
"receita" para analisar os livros, e sim uma referência a mais dentre
outras, para os(as) professores(as) ter referências vindas das pesquisas,
nas quais eles participam, e nas quais podem encontrar saberes para a construção/reconstrução
de competências profissionais.
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ANEXO I
Guia para análise dos livros didáticos-Períodos 2000 (1) – 2000 (2):
1. Os conceitos aparecem como conseqüência de uma atividade de familiarização perceptível e macroscópica, de forma declarativa e processual e não processual, ou como uma atividade de construção de novos significados.
2. Os conceitos se definem a partir de outros conceitos com os quais os alunos não têm trabalhado ao nível de internalização, como conceitos científicos. Considera a aura conceitual.
3. No texto, se trabalham as idéias vinculadas aos conceitos
com caráter sistêmico, de forma a facilitar sua compreensão
e passa uma visão mais própria da realidade.
4. Se aproveitam os aspectos históricos como componentes do
processo de construção do conhecimento científico,
revelando seu caráter social, político, histórico,
contextualizado ou se faz uma breve referência a um cientista ligado
a um descobrimento.
5. Aparecem exercícios para aplicar de forma produtiva os conceitos vinculados as situações problemáticas e as possíveis idéias prévias dos alunos, que possibilita a aprendizagem significativa.
6. Os conteúdos são socialmente contextualizados, orientados a contribuir a desenvolver nos alunos a critica-reflexiva.
7. Tipos de erros conceituais e metodológicos mais freqüentes que constituem verdadeiros obstáculos epistemológicos para a assimilação do conteúdo.
8. Tipo de organização que caracteriza o trabalho dos conteúdos.
9. Tipo de aprendizagem que caracteriza o tratamento dos conteúdos.
10.Abre-se espaço ao trabalho do contexto do aluno.
11.Como estratégia se trabalha uma ligação entre os diferentes conteúdos da disciplina com outras disciplinas.
12.As ilustrações se correspondem com os objetos de estudo, ou são exemplos que obstaculizam a compreensão do conteúdo.
ANEXO II
Guia para análise dos livros didáticos-Ano 2001 (1) :
1) Se faz uma atividade de motivação para o estudo do temaa) uma atividade de familiarização perceptível, macroscópica, de forma declarativa e não processual.
2) São dadas atividades no início do tema estudado para que os alunos explicitem suas idéias prévias.
3) Os conceitos aparecem como conseqüência de:
15) Tipo de organização que caracteriza o tratamento dos conteúdos.
16) Tipo de aprendizagem que orienta o trabalho com o livro didático.
17) Complexidade dos textos.
18) Pertinência das informações.
19) Atualidade dos textos em relação a ciência hoje e seus problemas