Carmen Kaiber da Silva
kaiber@ulbra.br
Universidade Luterana do Brasil – ULBRA
Claudia Lisete Oliveira Groenwald
claudiag@ulbra.br
Universidade Luterana do Brasil - ULBRA
Um número significativo de educadores e pesquisadores vêm tentado encontrar respostas satisfatórias para questões fundamentais, relativas ao processo de ensino e aprendizagem da Matemática: o que ensinar, como ensinar, a quem ensinar, que tipo de aluno se quer formar.
Nesse contexto, a busca por caminhos metodológicos que integrem a realidade com o "fazer matemático", possibilitando uma estreita vinculação entre a estrutura lógico-formal da disciplina e sua utilização para compreender e descrever o mundo, permitindo ao aluno uma participação central e atuante no processo de ensino e aprendizagem, tem sido insistentemente perseguida por educadores comprometidos com a Educação Matemática. Geralmente as ações dos estudantes vem motivadas por diversas situações e vivências, tanto mais interessantes quanto mais significativas e contextualizadas sejam (Viera, 1997). Para Azcarate (1997) torna-se importante aprender um conhecimento matemático escolar da vida e para a vida, embora adquirido no âmbito escolar. Para a autora, além disso, o trabalho matemático desenvolvido em um contexto escolar irreal não produz uma atividade útil para a vida.
A elaboração de um conhecimento matemático que, além de considerar seu potencial formativo intrínseco, permita conhecer, interpretar e atuar sobre situações da realidade sócio-cultural conduz à necessidade da integração dos temas de relevância social ou temas transversais no ensino da Matemática. Os temas transversais são um conjunto de conteúdos educativos e eixos condutores da atividade escolar que não estão ligados a nenhuma matéria em particular, sendo comuns a todas, com um tratamento transversal no currículo da escola (Yus, 1998).
Os temas transversais proporcionam a ponte entre o científico e o cotidiano (Moreno, 1993), aproximando a escola aos temas significativos do mundo atual (Equip Contrapunt, 1994), permitindo aos professores relacionar as diferentes áreas em diferentes etapas e ciclos, bem como apresentar os conteúdos de forma globalizada (Yus, 1998), oferecendo soluções para o conflito existente entre os diferentes conhecimentos que estão em jogo no processo de ensino-aprendizagem, especialmente, entre o conhecimento disciplinar e os problemas sócioambientais (Porlán e Rivero, 1994).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1996), indicam que a abordagem de temas de relevância social, como diversidade cultural, cultura regional, educação ambiental, educação para o trabalho, educação para a segurança, entre outros, pressupõe o desenvolvimento do aluno como pessoa e como cidadão, com capacidade de posicionar-se frente as questões que interferem na vida coletiva, intervindo de modo responsável na comunidade na qual está inserido. Neste sentido argumenta-se que o ensino deve ser relevante para aos estudantes, entendendo-se a relevância em função do papel dos indivíduos na sociedade, de suas capacidades e do contexto em que estão inseridos (Saez e Riquarts, 1996).
Assim, os temas de relevância social têm
por objetivos:
Matemática e Educação Ambiental
A construção de um currículo matemático, considerando os temas de relevância social, confere ao mesmo uma perspectiva integradora e, nesse sentido, sua organização se estabelece em torno de situações e problemas de interesse que permitam uma leitura, compreensão e interação da realidade social, cultural, política e natural. Um tema de relevância é, sem dúvida, a Educação Ambiental.
Os impactos causados ao meio ambiente pelo homem, para satisfazer suas necessidades, geram, entre outros, problemas como esgotamento e contaminação dos recursos naturais, deflorestamento, temas esses, que podem levar a uma ambientalização do currículo escolar (Travé González e Pozuelos Estrada, 1999).
Nessa perspectiva, Azcarate (1997), indica que os
grandes núcleos de problemas a serem estudados na Matemática
estariam relacionados com:
Desde a Conferência de Tbilisi (1977), existe um consenso de que a Educação Ambiental não deve fazer parte do currículo como uma disciplina específica ou um tema concreto de estudo, mas como uma dimensão que se integre à disciplinas, devido a seu caráter atitudinal e por nutrir-se de conteúdos conceituais procedentes de distintos campos do saber (Vázquez Álvarez e Zorzano Colás, 1998 e Pardo Díaz, 1995). Deve ser o resultado de uma nova orientação e articulação das diferentes disciplinas e experiências educativas: a Matemática, Ciências Naturais, Ciências Sociais, Artes, Letras etc. Esse enfoque o qual prevê a articulação das diferentes disciplinas e experiências determina uma Educação Ambiental com caráter interdisciplinar (Hall Rose, 1996).
Por outro lado, a Educação Ambiental
como tema transversal pode ser considerada através de um modelo
multidisciplinar, conforme apresentado na figura 1.
Figura l. Modelo de programa de Educação Ambiental (Hungerford, H. e Peyton, R. 1995)
Para Wolsk (1977) a Educação Ambiental abarca procedimentos e temas de estudo que requerem o emprego de todos os métodos. A diversidade de métodos nela utilizados induz os professores a alargarem as perspectivas, a criarem condições de estudo a partir da totalidade complexa dos processos e relações do homem e do meio ambiente (Zeppone, 2000).
A importância de relacionar os conteúdos de Matemática com as questões ambientais é salientada por D’Ambrósio (1996, 87): "Particularmente importante é a incorporação, na Educação Matemática, de uma preocupação com o ambiente. Embora haja, muito progresso nessa direção e se notem boas pesquisas e boas propostas curriculares visando a essa incorporação, a sua plena aceitação na Educação Matemática ainda é um problema". Os professores de Matemática não podem furtar-se à responsabilidade de contribuir para a formação de cidadãos conscientes e participativos, os quais tenham conhecimento, competência, motivação e que se sintam comprometidos a atuar de forma positiva em relação ao seu meio.
Por outra parte, é consenso que o ensino da Matemática, baseado na sua estrutura formal, em aulas expositivas e resolução de exercícios constitui uma das causas mais significativas do baixo rendimento e aproveitamento na disciplina. Por isso, há necessidade de mudar, em todas as séries, não os conteúdos, e sim a metodologia, pois a empregada nas escolas não está motivando os alunos e deixando a desejar também em conhecimentos (Groenwald, 1998). Yus (1998) recomenda que os professores organizem suas aulas de modo a facilitar o trabalho cooperativo entre os alunos, impulsionando a confrontação de pontos de vista diferentes acerca dos distintos problemas colocados, promovendo o intercâmbio de possíveis procedimentos para resolvê-los, assim como a proposta de possíveis atividades.
Desta forma, buscando a superação dos problemas que surgem no processo de ensino e aprendizagem da Matemática aliada ao interesse de integrar os temas de relevância social nas aulas de Matemática aponta-se, como uma alternativa viável, a realização de projetos inter e multidisciplinares, envolvendo os conteúdos das disciplinas aos temas já citados.
Dentro de uma perspectiva integradora da Matemática e Educação Ambiental, considerando que o currículo não deve estar dissociado da realidade, as propostas nesse sentido devem buscar: o equilíbrio ambiental, local e global, como forma de obtenção da melhoria da qualidade de todos os níveis de vida; criar uma ética sensibilizadora e conscientizadora para as relações integradas entre ser humano/sociedade/natureza; fazer uma educação crítica da realidade vivenciada, formadora da cidadania; redescobrir e buscar novos valores que tornem a sociedade humana mais justa.
Um dos possíveis caminhos para alcançar esses objetivos é o desenvolvimento de projetos educativos, que favorecem uma consciência crítica, reflexiva e analítica e levam o indivíduo a participar das soluções dos problemas de sua comunidade, o que é essencial para a escola ser um referencial importante para a sociedade. A realização de projetos escolares possibilita aprendizagens significativas, permitindo ao aluno ampliar a compreensão de conteúdos já trabalhados e descobrir outros através das experiências vivênciadas na realização da investigação. Os alunos, na realização dos projetos, desenvolvem uma atitude de investigação e passam a enxergar a Matemática ao seu redor, o que influi de maneira significativa nos resultados da aprendizagem escolar. Carmen (1997) salienta que a escola é uma instituição mediadora que deveria preparar os indivíduos em crescimento para interpretar seu meio vital e intervir de maneira crítica e construtiva, para tal, os projetos de ensino, para o Ensino Fundamental, deveriam se articular em torno as grandes questões e problemas sociais de especial relevância para a adolescência. Frisa, também, que os temas transversais (meio ambiente, saúde, sexualidade, paz) são bons exemplos e possibilitam orientar o ensino a partir de questões relevantes.
A Matemática tem muito a contribuir para isso, através da elaboração de ferramentas didático pedagógicas, integrando a disciplina de Matemática com as diferentes áreas e principalmente, utilizando em seu planejamento o tema transversal "Educação Ambiental".
Um exemplo de projeto: "Quantidade de papel desperdiçado em sala
de aula"
Buscando alternativas para viabilizar um ensino de Matemática contextualizado e significativo para o aluno, contemplando a abordagem de um tema transversal, no caso a Educação Ambiental, foi desenvolvido o projeto "Quantidade de papel desperdiçado em sala de aula". Tal projeto foi aplicado na Escola Estadual Marechal Rondon, no município de Canoas-RS, envolvendo as professoras de Matemática e Ciências e 69 alunos na faixa etária de 10 a 14 anos de duas turmas de 5ª série do Ensino Fundamental. O tema "desperdício de papel" surgiu a partir da constatação diária de que grande quantidade de folhas de caderno eram desperdiçadas pelos alunos.
Foi um momento propício para a aplicação do projeto, pois a escola estava passando pela campanha "S.O.S. Rondon", cujo objetivo era reformar a escola, já que a mesma estava em estado precário de conservação. Assim, concretizou-se a possibilidade de um trabalho envolvendo os conteúdos matemáticos, a discussão relativa ao desperdício de papel e como o meio ambiente pode ser afetado por este desperdício. Possibilitou, também, à construção de um processo de sensibilização nos alunos quanto a necessidade de todos auxiliarem no cuidado e manutenção da escola.
O projeto teve como enfoque amplo as questões ambientais visando desenvolver conhecimentos e estabelecer condições para os estudantes relacionarem-se de forma positiva com o meio ambiente, valorizando-o como parte integrante e sentindo-se responsáveis pela sua preservação. Levanta a discussão e alerta a comunidade escolar sobre a importância da preservação ambiental e do equilíbrio ecológico, apontando como meta o Desenvolvimento Sustentável.
Os objetivos estabelecidos foram:
As observações foram realizadas pelas
professoras que aplicaram o projeto e pelas pesquisadoras que tomaram o
papel de participantes. Semanalmente, o grupo promovia encontros de avaliação
e planejamento, onde as observações eram discutidas e analisadas.
Atividades desenvolvidas no projeto
O projeto se desenvolveu no período de 22
de junho a 30 de agosto do ano letivo de 1999, a partir das seguintes ações:
Na disciplina de Matemática foi organizada uma seqüência de atividades com o objetivo de desenvolver os conteúdos da série e introduzir outros previamente estipulados pelo grupo. A seguir apresenta-se as atividades próprias da disciplina de Matemática que possibilitaram desenvolver os conteúdos da série e outros que não são previstos em uma 5ª série.
A coleta de papéis próprios para escrita (folhas inteiras) durante o período de uma semana, nas 12 turmas, do turno da manhã. As turmas e seu respectivo número de alunos estão apresentados na tabela a seguir.
Tabela 1: Turmas pesquisadas e número de alunos
Fonte: Escola Estadual Marechal Rondon
Com essa atividade foi estabelecido a primeira etapa de uma pesquisa estatística, coleta e classificação de dados. Esta etapa foi marcada pelo entusiasmo dos alunos: todos participaram ativamente coletando e organizando o material em sacos plásticos, classificando-os por data e turma.
Após a coleta, foi realizada a contagem do número de folhas recolhidas. Os alunos dividiram-se em grupos e cada grupo ficou responsável pela organização dos dados de uma turma.
A quantidade de folhas coletadas, por turma, ao longo da semana, está apresentada na tabela a seguir.
Tabela 2: Quantidade de folhas desperdiçadas por turma
Fonte: Coleta realizada pelas turmas 51 e 52
Trabalhando com os dados coletados e com a informação de que uma árvore produz aproximadamente 58,81 kg de papel e uma folha inteira de caderno universitário pesa 3,17g, os grupos passaram a calcular as quantidades em número de folhas e em massa das folhas desperdiçadas, conforme apresentado na tabela 3.
Tabela 3: Quantidade de folhas desperdiçadas por turma (em Kg)
Através da pesquisa foi possível fazer projeções da provável quantidade de papel desperdiçado por dia, semana, mês e ano letivo na escola, bem como fazer uma projeção de quantas árvores são necessárias para produzir todo o papel desperdiçado. Na realização desses cálculos foram utilizados operações com números Naturais, regra de três e operações com números decimais.
Os dados coletados e organizados possibilitaram aos
alunos responderem questões, tais como:
Qual a quantidade média de papel desperdiçado
por dia em uma sala de aula? E por semana?
Qual turma desperdiçou a menor quantidade de papel? Qual desperdiçou mais papel?
Qual a previsão de papel desperdiçado
por dia na escola? E por semana? E por mês? E por ano?
Foi permitido o uso de calculadora, o que foi muito rico, pois os alunos
não sabiam utilizá-la corretamente e o trabalho possibilitou
a discussão dos erros cometidos e o uso correto da mesma.
Os dados coletados foram organizados em tabelas e gráficos construídos pelos alunos e .posteriormente, foram divulgados para toda a escola, o que possibilitou ampliar a discussão do desperdício para todos os alunos da escola. Como exemplo apresenta-se o gráfico a seguir
Gráfico 1: Quantidade de papel desperdiçado em sala de aula
Período: 22 de junho a 13 de julho de 1999.
Resultados obtidos no projeto
A metodologia aplicada permitiu que os alunos desenvolvessem uma atitude de investigação passando a enxergar a Matemática ao seu redor. Concluiu-se que a quantidade média de papel desperdiçada em uma sala de aula é de 31,575 folhas de papel por dia. A provável quantidade de papel desperdiçada por dia na escola é de l 5l5,36 folhas. Durante o ano letivo, o desperdício é equivalente a 18 árvores. Essas conclusões permitiram a discussão nas turmas envolvidas no projeto de que não desperdiçar papel contribui para a preservação ambiental. Ficou claro que há necessidade da realização de campanhas permanentes de conscientização da comunidade escolar, alertando-os sobre a necessidade de se evitar o desperdício.
O trabalho despertou a criatividade e curiosidade dos alunos e possibilitou uma ação intensa entre os grupos, uma vez que surgiram muitas questões desconhecidas para serem resolvidas. O professor colocou-se como um organizador e orientador do processo, sendo possível sair do ensino tradicional e atuar na linha construtivista de ensino.
Os alunos, participantes do projeto, demonstraram, durante o processo, muito interesse no desenvolvimento do mesmo, questionando e pesquisando sobre o assunto. Para Carmen (1997) deveria ser evidente que uma educação escolar de caráter obrigatório, como é o Ensino Fundamental, deve estruturar-se como base em um ensino de conteúdos interessantes, tanto para os professores como para os alunos pois sem interesse o ensino e a aprendizagem se convertem em atividades rotineiras e desmotivadoras, que dificilmente possibilitam o desenvolvimento e o enriquecimento dos indivíduos.
A avaliação do projeto, realizada pelos alunos obteve resultados altamente positivos, como se verifica na tabela a seguir.
Tabela 4: Avaliação dos alunos sobre o projeto
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Fonte: Pesquisa realizada com os 69 alunos participantes do projeto
Constatou-se que além dos conteúdos próprios da série, como operações no conjunto dos números Naturais, números decimais (necessidade, conceito, operações) e sistemas de medidas, foram introduzidos e explorados novos assuntos como regra de três, noções de estatística, representação gráfica e uso da calculadora, assuntos que normalmente não são trabalhados em uma 5ª série. Também a organização dos dados em tabelas e gráficos é assunto não trabalhado em 5ª série e com o projeto foi possível desenvolvê-los.
O projeto possibilitou a reflexão sobre a
necessidade de trabalhar atitudes positivas para a conservação
do Meio Ambiente e desenvolver conteúdos matemáticos ligados
ao tema transversal Educação Ambiental. Verificou-se que
a disciplina de Matemática pode vir a constituir-se em um importante
veículo de conscientização dos jovens para a necessidade
da preservação do meio ambiente.
Conclusão
O projeto evidenciou que a integração da Matemática com outras áreas do conhecimento pode auxiliar o aluno a construir uma prática educativa capaz de promover a troca de experiências matemáticas com outras disciplinas, viabilizando a compreensão dessa em relação a seus campos de aplicação.
Ao desenvolver projetos desta natureza fica claro que o professor de Matemática deve buscar atividades significativas de aplicação em sala de aula que desenvolvam a capacidade de matematizar situações reais, propondo atividades articuladas com outras áreas do conhecimento, estabelecendo relações entre os problemas do meio em que vive o estudante.
A preservação do meio ambiente passa, indiscutivelmente, pela mudança de mentalidade e essa pode ser alcançada através da educação, trabalhando esses conceitos na escola, a qual é um polo divulgador e um dos responsáveis pelas mudanças de atitudes. Conforme afirmam Gil, Furió e Carrascosa (1996) apesar de, em muitas ocasiões, surgirem dúvidas sobre os efeitos positivos que podem ter os comportamentos individuais, as pequenas mudanças nos costumes e o que cada um pode fazer para a preservação do meio ambiente, advindos de um processo educativo, fica claro que essas pequenas mudanças de atitudes, multiplicadas por milhões de pessoas, no mundo todo, transformam-se em significativas ações de preservação ambiental.
É necessário desenvolver conceitos que permitam um diálogo fecundo com o mundo, sem criar desequilíbrios, desenvolvendo alternativas que criem condições para uma sociedade com qualidade de vida. Tais objetivos só serão alcançados através de uma educação continuada e da introdução de tópicos e conteúdos relacionados com os fatores que interferem nessa problemática envolvendo aspectos econômicos, sociais, políticos e ecológicos. Somente através da aquisição do conhecimento o indivíduo poderá comprometer-se com a proteção e o controle do meio ambiente.
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