Edson Roberto Oaigen
Patricia N. dos Santos
Ricardo B. Morais
ULBRA/ Canoas/RS
Resumo
A pesquisa em execução preocupa-se
com a avaliação das atividades Informais, Extraclasse e Não-formais
sobre a Iniciação Científica no Ensino Básico
Fundamental e Médio em três Estados Brasileiros : Rio Grande
do Sul, Mato Groso e Roraima. Para isso foram elaborados Instrumentos de
Coleta de Dados (ICDs) e aplicados em eventos, como: Mostras de Iniciação
Científica, Salões e Feiras de Ciências nos Estados
citados entre outras atividades. A pesquisa realizada, através de
instrumentos aplicados, das entrevistas e documentação "in
loco", serviram para coleta de opiniões sobre as habilidades desenvolvidas
pelos alunos expositores, tais como: criatividade, capacidade de elaborar
trabalhos com uso de metodologia adequada à investigação
científica, valendo-se de um conjunto pré-elaborado de referências
teóricas, aliada aos aspectos metodológicos, aos objetivos,
à justificativa, à importância da pesquisa para solução
de problemas da comunidade e à capacidade de comunicação
oral e escrita dos resultados obtidos. A pesquisa foi feita com uma amostra
constituída por professores, alunos, pais, visitantes e pessoas
da comunidade em geral, que participaram e/ou visitaram os eventos realizados.
Os resultados obtidos propiciaram dados importantes sobre como as atividades
informais, extraclasse e não-formais, atuam em relação
ao ensino formal, bem como, sobre as influências na disseminação
da produção científica dos envolvidos, possibilitando
uma oportuna troca de experiências e conhecimentos. Essa prática
informal visa a integração do ensino formal com o meio loco-regional,
atualizando e qualificando o processo ensino e aprendizagem, utilizando-se
de recursos e multimeios intra e extra-escolares, na busca de resultados
que indiquem e mostrem os caminhos para o aprofundamento do conhecimento,
gerando uma vivência de metodologias diferentes daquelas desenvolvidas
no ensino formal.
Palavras-chave: Atividades informais, Extraclasse, Não-formais.Órgão
Financiador: ULBRA
Abstract
The research is about the evaluation of the informal,
extra-class and non-formal activities. The Scientific Initiation in the
Basic Teaching and High School, in three Brazilian States: Rio Grande do
Sul, Mato Grosso and Roraima. For this, Collect Data Tools (C. D. Ts) were
elaborated and applied in events as: Scientific Initiation Shows, Science
Public Showing and Fairs in the states mentioned, among other activities.
The research was done through the applied tools, the interviews and documents
"in loco", they were used for the collect of opinions about the abilities
developed by the expositors' students as: creativeness, capacity of elaborating
works with the suitable methodology to the scientific investigation, using
a pre-elaborate set of theoric references, with the methodological aspects,
the purposes, the justifications, the importance of the research for the
problems' solution in the community and the capacity of oral and written
communication of the results. The research was done with a sample formed
by teachers, students, parents, visitors and persons of the community,
that participated and / or visited the events. The results gave important
data about how the informal, extra-class and non-formal activities operate
in relation to the formal teaching, as well, about the influences and spread
of the scientific output of the person engaged, enabling a suitable change
of experiences and knowledges. This informal practice searches the integration
of the formal teaching with the "logo-regional" environmental updating
and qualifyng the teaching and learning precess, using the resources and
intra / extra school multimedia, in searching of results that indicate
and show the ways for the deep knowledge, producing an experience of different
methodologies from those develop in the formal education.
Key words: scientific education, science fairs and associations,
informal activities (extra-class and non-formals).
Introdução
Os processos científicos oriundos da formação de hábitos, atitudes e comportamentos científicos na criança, jovens e adultos são decorrentes de um processo que alia metodologias investigativas, à conteúdos e atividades formais. Este estudo vem realizando há 06 anos uma pesquisa no sentido de avaliar e acompanhar as mudanças decorrentes da implementação de atividades de pesquisas, principalmente na Educação Básica, fundamental e médio.
Estamos investigando estas mudanças nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grossso e Roraima, principalmente por estes estados manterem um programa de Iniciação à Educação Científica dentro do ensino formal, embora com liberdade de uso pêlos professores. Convém salientar que está ocorrendo um aumento significativo, ano após ano, na participação dos alunos, escolas e professores, o que acaba gerando um substancial aumento da participação da comunidade em geral.
As atividades informais, onde incluímos as ações extraclasses e não-formais, comprovadamente constituem-se, hoje, em nível mundial, num processo que tem qualificado e gerado mudanças importantes nos processos formais da Educação.
Nos países latino-americanos existe uma instituição não-governamental, a COPAE-AL- Coordenación para promoción de actividades extraescolares para a América Latina, cuja sede situa-se em Montevideo-ROU, possuindo extensões na maioria dos países latinos-americanos. No Brasil, a sede nacional encontra-se na Universidade Luterana do Brasil, junto ao NEC- Núcleo de Ensino de Ciências. Compete a esta instituição, que também tem vínculo com a UNESCO, o incentivo, a promoção e a disseminação da produção científica juvenil através de eventos nacionais e internacionais. Tem servido estes momentos para a coleta de dados, discussões, debates, bem como para o acompanhamento do crescimento científico e tecnológico dos envolvidos.
A sociedade está composta de indivíduos e o que acontece dentro dela ocorre através da atividade conjunta dos indivíduos. Somente poderemos encontrar soluções para as manifestações sociais, na conduta ou nas ações dos indivíduos.
Tradicionalmente, os currículos pressupõem, como natural, a adaptação do aluno à escola. Existe, hoje, uma tentativa de "reorientar" esse caminho, no sentido de que a escola comece a se voltar para as necessidade sociais, econômicas e políticas, dentro de um contexto onde o aluno se encontra inserido e que fará ao longo do tempo uma história do próprio homem e da sociedade, buscando a autonomia e a emancipação. Para isto, a vivência com a Iniciação à Educação Científica e à Pesquisa são pontos fundamentais para que ocorra a formação do espírito investigativo e a formação de hábitos e estratégias que estimulem o pensar, o fazer e o criticar científicos.
É necessário que haja a incorporação de valores e, que aos poucos, as diferenças entre as classes sociais, hoje tão evidentes, sejam diminuídas. Requer-se uma escola, que, levando em conta as diferenças individuais, sociais, políticas e econômicas, incorpore e traduza, de forma compreensível a todos, os conhecimentos mais importantes, os avanços da ciência, da arte e da cultura. Daí, ela ser para todos e de todos.
Numa visão mais ampla, no planejamento do currículo escolar, é importante levar em consideração a participação de todos os segmentos envolvidos: alunos, pais, professores e comunidade em geral, gerando-se então, um currículo baseado na discussão com a comunidade e não para a comunidade. Compartilha-se a responsabilidade com as tarefas da Educação.
Existem muitos processos externos à escola,
família e sociedade, por exemplo, que exercem uma ação,
às vezes impeditiva para um processo ensino e aprendizagem fundamentado
no desenvolvimento integral do educando. A educação científica
e sua iniciação, principalmente, deve ser presença
viva no processo de transformação da sociedade, através
da formação do homem vivo e atuante na sua comunidade.
1.0 - A educação científica, a pequisa e o ensino: reflexões sobre a iniciação à educação científica
Existe no Brasil, uma tendência muito forte no sentido de que a elaboração e a concepção dos currículos, seja responsabilidade única dos professores, supervisores, orientadores e direção da Escola. Iisto tem contribuído cada vez mais para propostas curriculares formais e sem vinculação com o caráter social e comunitário, tornem-se constantes em nossas escolas. A ausência da Iniciação à Educação Científica e à Pesquisa tem mostrado aspectos da Escola da Reprodução.
1.1- Sociedade, Ciências, Tecnologia e Educação
A educação deve promover uma mudança na maneira de ser do educando, uma mudança nas atitudes e no comportamento. Os resultados do processo educativo promoverão uma conscientização da situação existencial, envolvendo os aspectos científicos, políticos, sociais, econômicos, entre outros.
Para isto, a vivência com a Iniciação à Educação Científica e à Pesquisa são pontos fundamentais para que ocorra a formação do espírito investigativo e a formação de hábitos e estratégias que estimulem o pensar, o fazer e o criticar científicos.
As mudanças deverão ocorrer não somente a nível de conteúdos, de estratégias ou de métodos, mas, deverá acontecer, obviamente, em relação a uma nova visão voltada para uma nova pedagogia e, esta, responsável por atividades, tanto dentro da escola, como também externa a ela, ocupando-se também em proporcionar uma nova e atual visão didático-pedagógica do mundo contemporâneo, em relação à Escola, ao Estado e à Sociedade.
Acreditamos que uma nova pedagogia, voltada, realmente, para educar, no sentido mais vivo, determinaria, pela ação didática, nova postura do educador diante da escola, do educando e da sociedade. Essa afirmação torna-se evidente quando, analisando as entrevistas realizadas durante o desenvolvimento deste estudo, vê-se que os entrevistados, reconhecem que o processo ensino e aprendizagem torna-se mais produtivo, quando o mesmo é globalizado e permite uma efetiva interação com o meio ambiente. É o momento da concretização dos espaços informais, extraclasse e não-formais, na qualificação do educando e na Iniciação à Pesquisa.
Segundo (Comenius,1957:307), em sua Didática Magna, além disso, os alunos podem, mesmo fora da escola, sentados ou a passear, discutir entre si, quer acerca de coisas aprendidas há muito tempo, quer acerca de qualquer matéria nova que acaso se lhes apresente.
A educação científica e sua iniciação, principalmente, deve ser presença viva no processo de transformação da sociedade, através da formação do homem vivo e atuante na sua comunidade, mesmo diante das barreiras que dificultam sua vivência normal no processo ensino e aprendizagem formal:
a) o emprego de um conjunto pré-determinado de condições de aprendizagem manipulando a aprendizagem dos alunos e dando ênfase à assuntos, materiais ou abordagens inadequadas à vida do aluno;
b) a acomodação do processo escolar, que não valoriza e desconhece a capacidade crítica e criativa dos alunos .
(LEMBO 7:75), referindo-se ao ensino atual, em sua
obra, Porque falham os professores, escreve: a proposição
básica, que apresento, é a de que, se existem diversos e
complexos fatores físicos, psicológicos, econômicos
e sociais, responsáveis pelo desempenho de cada criança na
escola, a causa básica do insucesso está no próprio
processo escolar. O aluno não entra na escola fracassado; quando
"fracassa", são os métodos empregados pelos professores e
administradores , individual e coletivamente, que estão que estão
falhando.
1.2- O Ensino : Da Reprodução à Produção do Conhecimento.
Buscando um significado para o papel da pesquisa no mundo atual, verificamos que a mesma passa a exercer uma papel significativo na construção de novas relações entre o ensino voltado para o paradigma da reprodução e os novos paradigmas representados pela produção responsável, crítica e coerente de novos conhecimentos. Diante disto, é necessário que se busque também um conceito mais moderno e atualizado para a pesquisa, que constitui-se na busca da resignificação dos conhecimentos, ampliando e/ou recodificando, pela ação permanente de ruptura e continuidade dos conhecimentos atuais. Ora, numa análise real e baseada nas opiniões de professores, pais e alunos de escolas mais autônomas e voltadas realmente para o aprender, vê-se que existem opiniões que devem ser respeitadas, vejamos:
a) a aprendizagem não pode ser fruto de manipulações e da inculcações de qualquer tipo;
b) o ensino não pode ser decorrente daquilo que o adulto julga e decide ser necessário que o aluno aprenda. Deve-se conhecer e valorizar o cotidiano do educando;
c) não existe um conjunto pré-determinado de ações para que ocorra a aprendizagem;
d) não existe um determinado nível de conhecimento e de desempenho que todos devem alcançar.
A educação brasileira hoje necessita urgentemente de uma práxis pedagógica, onde o saber oriundo da cultura geral e o saber científico (fruto da crescente evolução da Ciência e Tecnologia) produzam um novo homem, aliando o corpo (estrutura material) com a mente (estrutura para o pensamento).
Raths (2:1977), afirma que é importante notar que não estamos sugerindo que os professores possam ou devam ensinar às crianças como devem pensar. Não existe "um jeito" de pensar. Geralmente supomos que na população normal dos seres humanos está presente a capacidade para pensar e que a coisa mais necessária é ter oportunidade para pensar e para discutir o pensamento.
É necessária a presença de um componente essencial: a participação intensa na vida e nos processos escolares, onde o ensino e a aprendizagem constituam-se em processos interligados e contínuos. Educação, dentro dessa concepção, deve criar necessidades novas; exige a participação ativa, madura e consciente do cidadão; precisa ser integral e dinâmica, através de todos os segmentos do Estado envolvidos no processo educacional.
1.3 - Feiras de ciências: histórico e valor formativo
As Feiras de Ciências constituem uma atividade em que o aluno expoem trabalhos de investigação científica. Este atividade oportuniza ao professor verificar as modificações comportamentais do aluno, o desenvolvimento da sua capacidade de raciocínio e a evolução de conhecimento nos campos técnico, científico e educacional. Também possibilita aos alunos expositores oportunidade ímpar de crescimento científico, cultural, político e social, pois ao mesmo tempo em que expõem seu estudo, são avaliados. Esta ação educativa possibilita a auto-avaliação e o redimensionamento do estudo realizado, abrindo possibilidade de ampliação e continuidade da pesquisa executada.
As Feiras de Ciências (FECI) entende-se uma atividade técnica, cultural e científica que estabelece a união científica, cultural e social entre os estudantes do ensino básico (fundamental e médio), regularmente matriculados nas Unidades de Ensino Particular, Pública (Municipais, Estaduais e Federais) e Confessional dos estados brasileiros. Pode também incluir acadêmicos de Iniciação Científica dos diversos cursos superiores do país. Comprovadamente é o movimento estudantil capaz de congregar o maior número de participantes voluntários do ensino básico e superior que trabalham temas científicos dentro da metodologia investigatória..
Grazziotin (1975), conceitua Feira de Ciências como sendo uma atividade técnico-cultural, realizada por alunos de todos os níveis de ensino, que lhes oportuniza apresentrar, por meio de trabalhos, por eles planejados e executados, suas modificações comportamentais, sua capacidade de raciocínio lógico e a evolução de seus conhecimentos.
- por parte do aluno, ao receber a oportunidade de mostrar seu trabalho, suas idéias, além de conhecer e integrar-se com a comunidade;
- por parte do professor, ao ver trabalhos realizados por seus alunos serem discutidos, constituindo-se no reflexo da metodologia empregada em aula;
- por parte dos pais, ao ver seu filho como o centro das atenções da comunidade, vibrando e apresentando muitas vezes resultados desconhecidos por toda a comunidade.
As Feiras de Ciências possibilitam também:
- despertar, tanto nos alunos como na comunidade, o interesse pela atividade científica;
- aguçar o interesse do aluno pelo planejamento e execução de atividades investigatórias; levando o educando à aquisição de confiança e segurança na solução de problemas;
- oportunizar ao aluno o desenvolvimento e a aquisição da seqüência operacional dos Métodos Científicos, despertando vocações e revelando capacidades;
- proporcionar uma melhor integração entre Escolas e Comunidades, levando-as a tomar consciência daquilo que, juntas, podem realizar em benefício da humanidade.
Para a realização de trabalhos a serem apresentados em Feiras de Ciências é proposta atividades investigatórias, como forma usual de desenvolver uma atividade de investigação, pois preenche os requisitos básicos para um adequado planejamento, requer criteriosa execução das tarefas e abre perspectivas para conclusões válidas e abertura e novas investigações.
A ação investigativa é centrada no aluno, que seleciona um problema e o investiga, formulando hipóteses, experimentando, coletando e interpretando dados e chegando a conclusões operacionais relativas ao problema sob investigação. O uso desta metodologia por parte do professor e dos alunos é capaz de atender às solicitações de nossa época, onde o ensino deve manter-se atualizado em seu conteúdo e métodos.
A evolução dos trabalhos apresentados em Feiras de Ciências, possibilita abordagens diversas, indo desde reproduções de experimentos, maquetes até investigações de nível conflitual, com grande relevância político-social.
Com a liberação e a diversificação dos conteúdos programáticos, proporcionadas pela nova LDB (9394/96) e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o professor tem uma oportunidade ímpar de transformar suas funções de informador naquelas de orientador e amigo, sempre pronto a colaborar com o desenvolvimento natural de seus alunos, na maneira de ver, de pensar e de fazer as coisas. Assume então, o papel de moderador e incentivador da produção científica com características loco-regionais.
Para que isto se torne possível, é preciso que haja um despertar interior, que o professor sinta a necessidade de mudar, de partir para novas atitudes, novos comportamentos pedagógicos. Isto ocorrendo, certamente será o início da construção de uma nova política para a Educação Científica, com reflexos benéficos na sociedade, onde a criatividade seja a capacidade individual e espontânea de ter, a partir de observações ou do raciocínio lógico, uma idéia qualificativa que será a antecipação intuitiva de uma investigação capaz de bons resultados.
Ser original, em Ciências, é fazer
brotar do comum, daquilo que pouco ou nada significa para a maioria, algo
significativo que poderá abrir novas perspectivas no campo científico.
Ser criativo é ter a capacidade de surpreender aos outros.
2.0-Objetivos e metodologia: a relevância para área do conhecimento
Como principais objetivos da pesquisa, destacamos:
a) Avaliar a influência das atividades extraclasse e não-formais sobre a Iniciação à Educação Cientifica no Ensino Básico, Fundamental e Médio, no RS, MT e RR através de um processo de identificação da evolução dos Centros, Clubes, Feiras, Mostras, Núcleos e Museus de Ciências e áreas afins e suas influências sobre o ensino formal.
b) Incentivar a participação de professores e alunos em eventos técnicos, científicos e educacionais que possibilitem o intercâmbio e a disseminação da produção científica, bem como avaliando as mudanças comportamentais observadas.
c) Resgatar a produção científica juvenil, propiciando condições para publicações, envolvendo os jovens pesquisadores em atividades de ensino, principalmente aquelas voltadas para o paradigma do Desenvolvimento Sustentável.
Os trabalhos desenvolvidos e apresentados nas Feiras de Ciências, na sua maioria representam a síntese da metodologia ativa desenvolvida no ensino das Ciências, não importando o campo de conhecimento a que está vinculado. Uma característica marcante, têm sido aquela que mostra a evolução interdisciplinar da produção científica que vai desde as investigações empíricas tradicionais até as contradições, que relacionam o status filosófico (materialismo dialético) com o status científico (materialismo histórico).
O método adotado para esta pesquisa é o Hermenêutico, associado a análise de conteúdos (segundo Moraes e Minayo), procurando resgatar e acompanhar a evolução qualitativa e quantitativa das atividades implementadas. O estudo caracteriza-se como pesquisa de campo, valendo-se de procedimentos variados caracterizados pelo uso de uma metodologia híbrida, prevalecendo o método hermenêutico com a utilização da análise dos conteúdos, para o tratamento dos dados coletados.
Utilizamos um questionário com questões abertas e outras com alternativas para a identificação de aspectos qualitativos e quantitativos. Trabalhamos com professores, pais, alunos e comunidade de seis Instituições do RS, MT e RR buscando conhecer o valor dos processos informais e suas influências no processo ensino e aprendizagem formal, comprometidas enfaticamente com a formação do espírito crítico e auto-determinação do aluno e das diferentes comunidades. A opção por este processo nos estados envolvidos é devido ao grande incentivo que as citadas atividades vem tendo nestas regiões. Destacamos a importância da continuidade desta pesquisa, já na fase IV, tendo em vista que durante 3 anos foi financiada pela CAPES/SPEC e agora conta com recursos humanos e de infra-estrutura oriundo dos estados e municípios já citados, da ULBRA e da FAPERGS.
Valer-se-á do confronto entre performances acusadas junto ao ensino informal e as reveladas pela amostra que vivência habitualmente ações do ensino formal, sem promover o experimentalismo mecanicista tradicional. O estudo comparará desempenhos, não incorrendo na discutível estratégia clássica de grupos experimentais e grupos de controle artificialmente organizados pelo(s) pesquisador(es).
Do ponto de vista dos suportes referenciais teóricos, o trabalho se afasta também de abraçar dogmática de uma tendência em educação, optando conscientemente por uma abordagem mais fenomenológica, valer-se-á dos fundamentos e posturas que julgar-se-á mais relevantes aos fins últimos da pesquisa.
Finalmente, e por decorrência, os indicadores
resultantes desta pesquisa assumem características de uma análise
científico prescritiva, pois utilizou-se da interpretação
dos dados coletados baseado nas análises, permitindo-se uma ação
específica e, tomando por ponto de partida, os cruzamentos com os
dados coletados através dos diversos instrumentos de coleta de dados
usados.
3.0 - Conclusão
Diante dos dados analisados, torna-se relevante o destaque de alguns pontos que significam a aproximação de idéias dos agentes (professores e alunos), bem como da comunidade em geral, presentes aos eventos avaliados. Os dados referenciados nesta conclusão, encontram-se detalhados nos anexos 01 e 02, no final do texto, tanto à nível quantitativo com qualitativo.
Destaca-se a capacidade que os alunos adquirem em planejar, executar e relatar criticamente suas investigações científicas, o que por si só, representa o alcance de um dos pressupostos para uma adequada Iniciação à Educação Científica.
O desenvolvimento de atividades de Iniciação Científica pêlos alunos do ensino básico, que neste estudo teve como foco central, as Feiras de Ciências, significa uma caminhada em direção a formação integral dos alunos pois os mesmos sentem-se motivados a vivenciarem processos cognitivos, que resultam na produção e /ou recodificação de conhecimento constituindo desta forma, em uma estratégia importante na construção do conhecimento significativo.
A realização de trabalhos investigatórios, bem como a sua exposição em público, possibilita que os jovens pesquisadores, adquiram capacidade de comunicação, de intercâmbio, bem como, constróem novas concepções sobre o conhecimento de várias disciplinas, o que lhes permitem adquirir visão de um mundo mais integrado e menos compartimentalizado.
As Feiras de Ciências constituem-se em momentos importantes no que tange à possibilidade de disseminação da produção científica dos envolvidos, caracterizando uma oportuna troca de experiências e conhecimentos, além do despertar para continuidade dos trabalhos e o aprofundamento teórico - prático dos mesmos. Este aprofundamento gera a oportunidade da vivência de metodologias diferentes daquelas habitualmente desenvolvidas no ensino formal.
As opiniões dos Professores destacam entre vários aspectos :
a) A integração escola - comunidade e centros de pesquisa;
b) Aquisição de informações novas, bem como a aplicação de conhecimentos já existentes;
c) A desacomodarão do professor e a busca de novas alternativas para o processo ensino-aprendizagem;
Consideram as Feiras de Ciências como atividades extraclasse, que possuem grande valor pedagógico, rompendo com o formalismo do processo habitual nas escolas e favorecendo o aperfeiçoamento das diferentes formas de comunicações: oral, escrita e visual.
Em relação às dificuldades encontradas pelos envolvidos, nas Feiras, é importante destacar que existe a falta da visão interdisciplinar; deficiência dos orientadores em relação aos princípios que norteiam uma investigação científica e principalmente, a falta de apoio, no sentido de haver políticos que possibilitam a vivência da pesquisa na Escola, de forma habitual e tempo disponibilizado aos educadores para qualificação e orientação.
As dificuldades encontradas pelos professores em organizar, realizar e orientar trabalhos de maneira eficaz e produtiva originam-se na sobrecarga de trabalhos que possuem na (s) escola (s) onde atuam, aliado ao crescente desinteresse manifestado pelo poder público de um lado e pela "preocupação" exagerada pelos vestibulares, faltando visão que o conhecimento vivenciado pelos educadores, torna-se algo que permanece, enquanto, aquilo que foi somente memorizado tem duração curta e improdutiva no que tange a formação científica - cultural dos alunos.
Outro aspecto que evoluiu nas Feiras foi o da avaliação dos trabalhos expostos. Inicialmente marcado pelo caracter competitivo em função do próprio atrativo das premiações oferecidas. Hoje, prevalece outros tipos de avaliações, onde elimina-se o caracter competitivo, priorizando-se a seletividade científica então marcando a atualidade.
Ocorrem resistência quanto à mudança, pois existem pessoas e instituições que usam os resultados das Feiras como meio de promoção pessoal e/ou institucional. A capacitação de recursos humanos para a avaliação de trabalhos, foi outro ponto destacado nesta avaliação.
Concluindo esta análise, é importante destacar a necessidade da existência de maior apoio e investimentos das autoridades educacionais no que se refere-se ao incentivo à pesquisa, bem como, a contínua capacitação e qualificação docente e discente para a realização de trabalhos científicos. Enfim, Feira de Ciência continua sendo uma atividade muito criticada, pois elas representam a ruptura do senso comum e mostram a capacidade latente, criativa e produtiva dos envolvidos, quando desafiados e orientados. Certamente, tudo aquilo que opõe-se ao aumento presente, onde a acomodação é "marca registrada" significa a necessidade da busca e de (re) construção do novo. Este é o desafio.
Referências
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DEMO, P. Pesquisa. Princípio Científico e Educativo.
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FROTTA-PESSOA, O. Como ensinar Ciências. 5ª ed. São
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HENNIG, G. F. Metodologia do Ensino de Ciências. Porto
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LEMBO, John. Porque falham os professores. Editora pedagógica e Universitária (EPU), 1975, 8º Edição. São Paulo - SP.
MOREIRA, M. A. Ensino e Aprendizagem: enfoques teóricos. São Paulo, Ed. Moraes, 1985.
OAIGEN, Edson Roberto. A influências das atividades não-formais e extraclasse na Iniciação à Educação Científica. Dissertação de Mestrado. UFSM-RS, outubro de 1990.
OAIGEN, E. D. 1996. Atividades extraclasse e não-formais, uma política para a formação do pesquisador. Memória científica 4; grifos. Ed. Universitária UNOESC - Chapecó. 161 p.
RANGEL, Mary. Representações e Reflexões sobre o Bom Professor. Ed. Vozes, Petrópolis, 1994.
RATHS, Louis E. Ensinar a Pensar. 2ª Ed. São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária (EPU), 1977.
1.0 - ANEXO 01
1.1- Aspectos Qualitativos
A amostra utilizada foi de 201 grupos constituídos por 7 (sete) participantes cada um, sendo os mesmos formados por alunos, professores e visitantes, totalizando 1407 entrevistados. Os números colocados entre parênteses significam a quantidade de grupos que respondeu com idéias semelhantes. O método utilizado foi o Hermenêutico, valendo-se da Análise de Conteúdos.
A - Aspectos que justificam a realização das Feiras
de Ciências:
- Despertar dos alunos quanto ao interesse pela pesquisa científica. (56) |
- Produção e o intercâmbio de conhecimentos a nível regional e nacional.(45) |
- Realização de trabalhos ligados aos cotidiano do aluno.(43) |
- Favorecimento da realização de ações interdisciplinares, as quais se fazem necessárias para o bom desenvolvimento do trabalho científico.(31) |
- Integração aluno / professor / comunidade/ Mobilização de toda a comunidade escolar.( 53) |
- Formação integral do aluno, desde o planejamento do trabalho até apresentação e defesa dos resultados obtidos(73) |
- Estímulo e sugestões apresentadas pelos avaliadores, as quais incentivam a continuidade dos trabalhos.(76) |
- Estímulo ao aluno para desenvolver uma visão global do mundo que o cerca, refletindo e agindo com maior lucidez(41) |
- Visão diferente por parte do aluno do mundo onde vive, pois a aprendizagem acontece através da pesquisa./ Desenvolvimento do espírito de equipe entre os alunos.(81) |
B - Aspectos positivos das Feiras de Ciências
considerados pela amostra:
- Grande número de visitante na Feira de Ciências, possibilitando a divulgação do trabalho.(71) |
- Troca de informações e conhecimentos com alunos de outras regiões e estados.(54) |
- Aperfeiçoamento do trabalho e aquisição de experiências para outras Feiras de Ciências.(65) |
- Incentivo para o estudo das ciências/- Novos conhecimentos levados à comunidade.(78) |
- Despertar da e para a pesquisa/ Aprofundamento do assunto investigado.(112) |
- Aprendizagem maior com os trabalhos dos colegas e em atividade extraclasse.(101) |
C - Aspectos positivos das atividades informais que
resultam em Feiras/Mostras de Iniciação à Educação
Científica:
- Integração da escola com centros de pesquisa e com a comunidade.(67) |
- Identificação de problemas que são facilmente solucionáveis existentes na cidade.(71) |
- Descoberta da capacidade de planejar, organizar e desenvolver o raciocínio lógico, fazendo inferências e refletindo/- Ampliação dos conhecimentos.(89) |
- Oportunidade de levar ao conhecimento das pessoas muitos dos problemas da região.(125) |
- Oportunidade para que o professor orientador saia do comodismo e desperte para coisas novas/Fonte de estímulo e motivação para o professor.(56) |
- Oportunidade para professor e aluno de aprofundar um assunto que durante a aula não seria possível.(78) |
- Envolvimento da comunidade escolar no desenvolvimento do trabalho do aluno/- Melhoria na relação professor/aluno que participam das Feiras.(67) |
- Conscientização dos alunos e da comunidade sobre a necessidade de preservar o meio ambiente.(98) |
- Atividade extraclasse de grande valor pedagógico,
pois retira o aluno da rotina da sala de aula, aperfeiçoa a linguagem
e o vocabulário, o que deveria ser atribuições de
aulas que, conforme referiu o professor, não saem da rotina. (89)
Sobre a rotina cabe lembrar Robbins (1996) que escreve: "a única diferença entre a rotina e a sepultura é manter-se de pé ou deitado." |
D - Dificuldades encontradas pelos professores das
Feiras de Ciências já referidas:
- Falta de bibliografia.(67) |
- Falta de apoio por parte de professores de outras áreas para melhorara a qualidade dos trabalhos.(78) |
- Sobrecarga aos professores envolvidos com os trabalhos.(108) |
- Falta de empenho em alguns professores, que em nenhum momento se propõem a desenvolver trabalhos com seus alunos.(101) |
- Falta de recursos financeiros, humanos e tempo para as atividades informais.(95) |
- Falta recursos humanos, pois a maioria dos professores não receberam formação científica, faltando conhecimento científico. (45) |
- Curto espaço de tempo para realização do trabalho, pois a Feira de Ciências foi divulgada tardiamente. Cabe lembrar, entretanto, que os trabalhos para Feira de Ciências deveriam ser o resultado das atividades regulares de sala de aula, e não apenas uma atividade extraclasse, desvinculada dos conteúdos desenvolvidos.(85) |
- Falta de compreensão, estímulo e apoio por parte da direção da escola e dos órgãos educacionais..(106) |
E - Dificuldades encontradas para a organização
e participação nos eventos de Iniciação Científica:
- Desgaste físico, devido ao longo tempo e aos dias de exposição.(76) |
- Presença de um clima de competição que é prejudicial ao ambiente escolar.(98) |
- Falta de continuidade na realização das Feiras de Ciências, impedindo um planejamento adequado.(109) |
- Falta de incentivo por parte dos órgãos governamentais.(67) |
- Presença de avaliadores sem interesse pelo trabalho e pouco habilitados para a avaliação de trabalhos científicos.(87) |
G - Sugestões apresentadas pelos participantes
da Feira de Ciências já referida:
- Maiores investimentos em pesquisa por parte das autoridades.(145) |
- Criação de um Centro de apoio à Iniciação à Educação Científica para orientação dos alunos.(61) |
- Criação de um organismo nacional para apoiar a realização de Feiras de Ciências.(78) |
- Realização de cursos de extensão para a formação de professores orientadores e avaliadores.(109) |
- Maior incentivo para alunos das séries iniciais. Isso se justifica pelo fato de que o aluno de pouca idade sente-se desmotivado a continuar com as investigações.(71) |
- Listagem por parte dos avaliadores de falhas e sugestões, nas fichas, para continuidade do trabalho.(65) |
- Criação de um grupo de apoio para orientar os trabalhos não selecionados, explicando os motivos. (71) |
- Conceituação clara para os expositores sobre trabalhos investigatórios, demonstrativos e construção.(81) |
- Realização de um trabalho de conscientização dos Diretores e Supervisores de escola Quanto à importância da Feira de Ciências.(41) |
2.0- ANEXO
2.1- Aspectos Quantitativos
2.1.1- Síntese das Avaliações das Feiras de Ciências / Período: 1995/1999
Total de amostras: 201 grupos constituídos por 03 alunos,
01 professor e 03 visitantes, totalizando 1407 entrevistados, no período
de 1995/1999, nos seguintes eventos: Feiras de Ciências Estaduais
dos Estados do Mato Grosso, Rio Grande do sul e Roraima e Feiras Nacionais
de Ciências ocorridas nos estados de Mato Grosso (1995 E 1996) e
em Roraima em 1997 (*).
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1- Habilidade do aluno em planejar atividade científica: |
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2- A capacidade do aluno em recolher e organizar o material necessário para o desenvolvimento do trabalho: |
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3- Capacidade do aluno em manejar, adaptar materiais e equipamentos aos fins específicos: |
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4- Capacidade do aluno em utilizar adequadamente os mecanismos que evidenciam alterações experimentais: |
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5- Habilidade do aluno em registrar em fichas, tabelas e gráficos, expressando com fidelidade e enfoque científico, as observações dos fatos realmente observados: |
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6- Capacidade do aluno em elaborar conclusões operacionais em conformidade com os resultados vivenciados: |
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7- A capacidade do aluno em construir modelos estáticos ou dinâmicos concebidos diretamente ou como produto da especulação mental: |
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8- Habilidade do aluno em realizar consulta bibliográfica no sentido de elucidar dúvidas, complementar o trabalho ou direcionar a investigação: |
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9- Capacidade do aluno em classificar corretamente coisas e fatos conforme critérios estabelecidos, dentro da Iniciação à Educação Científica: |
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10- Capacidade do aluno em apresentar diagnóstico final ou conclusões, expressando adequadamente o comportamento das variáveis, como resultado, análise e interpretação de dados: |
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11- Habilidade do aluno em expressar prognósticos ou predições com validade para abrir perspectiva de novas investigações, formulados a partir de dados experimentais conhecidos e/ou coletados: |
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12- Habilidade do aluno em comunicar oral, visual e por escrito os resultados obtidos, seguindo uma seqüência lógica e clara: objetivos, justificativas, definições, viabilidade, cronograma, detalhamento de tarefas, observações, coleta, registro, interpretação de dados e conclusão: |
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13- A habilidade do professor em utilizar a estratégia Feira de Ciências para verificar modificações comportamentais do aluno, referente à capacidade de raciocínio e evolução no campo técnico, científico e educacional: |
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14- Possibilidade do professor realizar trabalhos em classe ( ensino formal) mais criativos e com atendimento individual ou em grupos e com uma maior participação dos alunos, visando oportunizar a vivência de ações informais, extraclasse e não-formais: |
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15- Um processo de ensino aprendizagem que facilite a sondagem de aptidões, uma vez que é oferecido ao aluno a livre escolha de tema a ser estudado: |
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16- Iniciação para o trabalho através do planejamento e execução de tarefas próprios dos alunos desenvolvendo habilidade, atitudes e capacidades científicas: |
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17- O espírito de integração escola comunidade, uma vez que a maioria dos trabalhos abordam problemas comunitários, relacionados com diferentes áreas do conhecimento, desde a ciências exatas e naturais até áreas humanísticas e ambientais: |
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18- Contribuir para a solução de problemas existentes na comunidade: |
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19- A possibilidade do melhoramento do ensino de Ciências, em todas as áreas, envolvendo o aluno na construção do senso crítico e da cidadania: |
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20- Demonstrar para as autoridades educacionais e políticas em diferentes escalões a importância das Feiras de Ciências para a melhoria da qualidade do ensino e construção de uma escola crítica, saudável e interacionista: |
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(*) = A amostra representa, em relação ao total de
trabalhos expostos no período, aproximadamente 30 % da população-alvo
disponível.
(**) PA= plenamente aprovado AP= aprovado parcialmente NA= não
aprovado NR= não respondeu